Bragança vai receber Conselho de Ministros a 27 de fevereiro "inteiramente dedicado à valorização do Interior e à coesão territorial".
Corpo do artigo
O primeiro-ministro assinalou os primeiros 100 dias da ação governativa, esta segunda-feira, em Bragança, para preparar o primeiro Conselho de Ministros descentralizado, que terá lugar em Bragança no próximo dia 27 de fevereiro e que será inteiramente dedicado à temática da valorização do interior e da coesão territorial.
11779494
"Será particularmente dedicado a todas as partes que têm a ver com o desenvolvimento do território e em particular com a valorização do Interior. Nesse conselho de ministros teremos oportunidade de aprovar a estratégia nacional de coesão territorial e, por outro lado, proceder à revisão do programa nacional de valorização do interior e fazer também a aprovação do lado português de um trabalho muito importante, que vimos desenvolvendo desde há dois anos, com Espanha para que a próxima cimeira luso-espanhola possa ser aprovada uma estratégia conjunta de desenvolvimento das regiões transfronteiriças, pois a fronteira em Portugal e Espanha constitui uma exceção na União Europeia, que tem a ver com o facto de que em todas as regiões da Europa as fronteiras são as mais desenvolvidas, mas na Península Ibérica são as menos desenvolvidas em cada um dos países", explicou António Costa.
Serão analisados três documentos de orientação estratégica "fundamentais", segundo o líder do governo. "Hoje demos passos para lançar ao longo deste mês dois programas concretos, o '+ CO3SO' (Mais Coesão), no domínio do emprego e da competitividade, conhecimento e sociedade digital e, por outro lado, o programa 'Trabalhar no Interior'", acrescentou António Costa, sublinhando que ainda há dois dias foi realizado em Beja um encontro dos Ministros Amigos da Coesão. "A coesão é uma batalha que queremos travar na União Europeia, mas também é uma batalha que temos que travar dentro da nossa própria fronteira, internamente, que a coesão territorial interna é uma condição indispensável à nossa maior competitividade externa. Para termos na Europa uma melhor coesão temos que ter internamente uma melhor coesão", esclareceu o primeiro-ministro.