A procura por transportes coletivos urbanos entre janeiro e junho de 2022 cresceu 95 % face ao mesmo período do ano anterior. Mesmo assim, os números estão longe dos valores de pré-pandemia. O número de passageiros em 2022 representa apenas 76% dos passageiros de 2019.
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O número de passageiros nas empresas de transportes coletivos tuteladas pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática tem vindo a aumentar, depois de um período difícil para o setor muito afetado pela pandemia. Face ao período homólogo de janeiro a junho de 2021, neste ano houve um crescimento de 95% no Metropolitano de Lisboa, no Metro do Porto e na Soflusa/Transtejo.
Regista-se uma tendência para a recuperação da procura pelos meios de transportes, apesar de os valores de abril e de junho serem afetados pelas férias escolares.
No Metropolitano de Lisboa foi onde se assistiu a um crescimento maior, com os valores a aumentarem 103%, face a 2021. No Metro do Porto, houve uma subida de 86%. Já na Soflusa/Transtejo, o crescimento foi de 79%.
Apesar de um grande aumento na procura destes transportes, o número de passageiros está ainda longe dos valores registados no período homólogo de 2019, antes de as empresas serem fortemente prejudicadas pela covid-19.
Os valores registados neste ano constituem apenas 76% dos valores de 2019. No total, em 2019 foram registados 132 819 passageiros, enquanto que, no período homólogo de 2022, foram registados 100 816.
O Ministério do Ambiente e da Ação Climática disponibilizou 662 milhões de euros para os transportes públicos, de forma a colmatar as perdas resultantes da pandemia. O valor foi mobilizado através do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e de dotações extra.
Para o PART, estão destinados 138,6 milhões de euros, valor que pode ser acrescido de mais 100 milhões. Já o PROTransP foi reforçado em 20 milhões de euros.