Nove organizações sindicais de professores vão entregar pré-avisos semanais de greve aos exames e avaliações finais, que começam a 9 de junho. As organizações avisam que quiseram evitar este cenário e esperam que ainda haja resposta do Ministério da Educação às suas reivindicações.
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"Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, mas o ministro foi criando obstáculos", acusa o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira.
O dirigente prossegue que, a 13 de março, foi feita uma proposta para haver uma recuperação faseada do tempo de serviço dos professores até ao final da legislatura (em 2026), com possibilidade de ir mais além, propondo também dispensas de vagas nos quinto e sétimo escalões, não tendo havido resposta por parte do Ministério.
"Desde o início do ano letivo que dissemos que tudo faríamos para que as nossas lutas não chegassem ao final do ano, tivemos sempre uma posição de abertura, mas cá estamos nós no final do ano a manter as nossas lutas", aponta Mário Nogueira.
Os pré-avisos serão semanais até 23 de junho, com os sindicatos a esperarem uma solução para os problemas. "Por enquanto será até 23 de junho, depois vamos gerindo as coisas, acreditando que o Governo vá encontrar uma solução", conta.
No caso do 12.º ano, Mário Nogueira reconhece que há possibilidade de decretar serviços mínimos, embora a educação não seja considerada necessidade social impreterível. "Se não houver exames por causa da greve este pode ser recalendarizado ou o Ministério pode mesmo prescindir dele", revela.
Manifestações a 6 de junho
Mário Nogueira apontou também para a greve nacional de 6 de junho, dia que marca o tempo de serviço dos professores que está em atraso (6/6/23).
"É um dia irrepetível, que marca a coincidência do tempo que os professores trabalharam e lhes está a ser suprimido", recorda.
Para 6 de junho, além da greve estão previstas duas manifestações, às 10.30 horas no Porto e às 15.30 horas em Lisboa.