Depois da marcha na ponte 25 de abril e dos assaltos aos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, o grupo "missão escola pública" vai tentar amanhã "resgatar" o presidente da República - os docentes vão concentrar-se na sexta-feira, à tarde, junto ao Palácio de Belém, à hora do Conselho de Estado, para mais uma vez apelarem à intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa no conflito entre professores e Governo.
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A iniciativa é anunciada por um cartaz evocativo do filme "Resgate do soldado Ryan" mas com a cara de Marcelo Rebelo de Sousa no lugar do ator Tom Hanks. Depois da polémica com os cartazes que António Costa acusou de serem "racistas", os docentes vão expor todos os cartazes e cartoons deste ano de luta.
Amanhã, revelou o grupo através de um comunicado, também se realizará a primeira das "conversas improváveis" sob o tema "A escola da liberdade". Além do presidente da República foram, por exemplo, convidados para esta tertúlia o antigo ministro da Educação, David Justino, o antigo deputado do PSD, Pacheco Pereira, o deputado do Livre, Rui Tavares e o professor Paulo Guinote, autor do blogue "O meu quintal".
A intenção é manter "na ordem do dia" as reivindicações dos professores, os problemas da carreira e "carências" sentidas nas escolas públicas. Além de mostrar à presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, que participa amanhã no Conselho de Estado a convite de Marcelo Rebelo de Sousa, "que, em Portugal, as lutas pela Educação se mantêm na Ordem do Dia", frisam no comunicado.
O grupo queixa-se que o Governo "tudo tem feito para silenciar os professores, ao invés de tentar resolver os problemas que assolam a escola pública", nomeadamente a redução do número de docentes qualificados. E garante que a classe não vai desistir da recuperação do tempo de serviço congelado de forma faseada, como bonificação no momento das aposentações ou através de outro modelo.