Protestos dos professores "são escutados, mas não estão a ter as consequências que deviam"
Mário Nogueira, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), afirmou esta quinta-feira que os protestos dos professores estão a ser escutados pela tutela, mas não estão a ter as consequências, apontando estar ainda "tudo por resolver".
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"Os protestos são escutados, mas não estão a ter as consequências que deviam ter, que é o respeito pelos profissionais docentes, que merecem e lhes deve ser dado. Isto não tem a ver com o umbigo de cada um. A desvalorização da profissão de professor está a fazer com que os mais jovens a abandonem e que os que concluem os estudos não a procurem", afirmou Mário Nogueira, à porta da Escola Secundária Avelar Brotero, em Coimbra, onde decorre a greve distrital desta quinta-feira.
Para o secretário-geral da Fenprof, os problemas dos professores "estão todos por resolver". "O Ministério da Educação tem um pedido de negociação suplementar que ainda não respondeu, em cima da mesa está a discussão do tempo de serviço. Temos greves até 12 de maio e uma grande greve, talvez a maior de sempre, para 6 de junho, uma data simbólica que significa o tempo que está em atraso. O tempo é das pessoas e não deixaremos que o apaguem", apontou.
A acompanhar Mário Nogueira estiveram cerca de 100 professores da Escola Secundária Avelar Brotero. Às 15 horas está marcada uma concentração no Jardim da Sereia, que deverá terminar numa marcha até à Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares de Coimbra.