PS avança com moção de censura à CDU em Setúbal e pede comissão para caso de refugiados
O PS em Setúbal vai apresentar uma moção de censura ao executivo CDU na Câmara Municipal e propor uma Comissão de Fiscalização da Conduta da autarquia no acolhimento de refugiados ucranianos. A moção e a proposta vão decorrer na Assembleia Municipal desta terça-feira. O PSD também já anunciou a apresentação de uma moção de censura.
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A moção de censura vai abranger não só o caso dos refugiados, mas outras três polémicas na autarquia durante os últimos sete meses. O alegado "isolacionismo" da gestão camarária da CDU apesar de já não ter maioria absoluta, "estacionamento tarifado em grande parte da cidade" e a ausência de respostas em relação ao acidente de uma "trabalhadora do município, que morreu no exercício de funções e não tinha seguro de trabalho", são outros motivos, indicou fonte do partido.
Em comunicado, o "PS de Setúbal não se limita a censurar politicamente a ação do executivo comunista liderado por André Martins, como vai mais longe, avançando com a proposta de criação, em sede de Assembleia Municipal, de uma Comissão eventual de Fiscalização da Conduta da Câmara e dos Serviços Municipais no Acolhimento de Refugiados Ucranianos", indica o documento.
Os socialistas justificam a proposta de criação da comissão com a "persistente ausência de respostas do presidente da Câmara e da sua equipa de vereação CDU". Esta comissão "permitirá chamar para audição diversos elementos dos serviços camarários envolvidos no processo de acolhimento de refugiados, bem como o presidente da Câmara, o vereador com o pelouro dos Direitos Sociais, os dirigentes da Associação Edinstvo, entre outros", afirmam os socialistas.
Na Assembleia da República, a Iniciativa Liberal requereu, esta segunda feira, uma audição urgente do primeiro-ministro no Parlamento para prestar esclarecimentos sobre possíveis implicações para a segurança do país que advenham da intervenção de associações russas com alegadas ligações ao Kremlin.
Os liberais sustentaram que, "a par das óbvias questões de direitos humanos relacionadas com o acolhimento a refugiados ucranianos", há outras "questões de segurança do Estado, de segurança, estabilidade e fiabilidade de instituições, e sobretudo da segurança dos cidadãos", independentemente da sua nacionalidade ou estatuto no país.