O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, disse esta sexta-feira que é possível criar condições para que as eleições presidenciais de dia 24 decorram "com toda a segurança". O socialista lembrou que o estado de emergência não permite o adiamento de eleições.
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"Não é possível fazer revisões constitucionais em estado de emergência", recordou José Luís Carneiro, à saída de uma audiência com o Governo, em São Bento. O dirigente do PS repetiu a observação que o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, já tinha feito, depois de Rui Rio, presidente do PSD, ter levantado a hipótese de se rever a Constituição de modo a adiar as presidenciais.
Carneiro referiu que há outras "possibilidades" para permitir uma ida às urnas em segurança, nomeadamente pedindo às Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, ANAFRe e Comissão Nacional de Eleições que alarguem o número de locais e mesas de voto e que mantenham as salas devidamente arejadas.
"Mesmo em momentos críticos, deveremos pugnar pela defesa e salvaguarda da Constituição e da vida democrática", argumentou o socialista. No entanto, apelou aos candidatos presidenciais para que "todos os deveres de responsabilidade sejam cumpridos" durante a campanha.
Manter as escolas abertas
José Luís Carneiro disse também que o "agravamento muito significativo" da pandemia requer "medidas de maior exigência do ponto de vista do controlo dos fluxos sociais, laborais e da atividade económica", apontando para a necessidade do novo confinamento a que o Governo já aludiu.
O secretário-geral adjunto do PS disse apoiar o Governo na decisão de manter abertas as escolas e as instituições do Ensino Superior, de modo a "salvaguardar" o processo de aprendizagem das crianças e jovens.
Carneiro também vincou a necessidade de manter os apoios às empresas - em particular a restauração, a hotelaria e o alojamento, que têm sido "especialmente fustigados" pela pandemia.