PS imitou PSD na redução do IRS mas fê-lo de forma "coxa", alega Miranda Sarmento
O líder da bancada parlamentar do PSD acusou o Governo de ter ido "a reboque" das ideias sociais-democratas em matéria de redução do IRS no Orçamento do Estado (OE). No entanto, Joaquim Miranda Sarmento alegou que os socialistas o fizeram de forma "coxa", por terem decidido esperar até janeiro para baixar esse imposto.
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"Nós marcámos a agenda pública e política quando, a meio de agosto, dissemos ao país que a prioridade principal para o OE de 2024 era a redução do IRS", afirmou Miranda Sarmento, esta segunda-feira, no arranque das jornadas parlamentares do PSD, em Lisboa. "Mas, se o Governo veio a reboque, fê-lo de forma coxa", referiu.
O deputado laranja já tinha acusado os socialistas de andarem "a reboque" das ideias sociais-democratas na semana passada, por altura da entrega do OE. Agora, insistiu na ideia, lembrando que o PSD propunha que o IRS baixasse 1,2 mil milhões de euros ainda em 2023, bem como um corte de montante semelhante em 2024. O Governo reduzirá o IRS em cerca de 1,3 mil milhões de euros, mas apenas a partir de janeiro.
No entender de Miranda Sarmento, teria sido "muito importante para as famílias" que essa descida ocorresse desde já. O deputado argumentou que o corte imediato de 1,2 mil milhões de euros era "perfeitamente acomodável nos 4 mil milhões de euros a mais de receita fiscal que o Governo pretende cobrar" face ao que tinha previsto para 2023.
Miranda Sarmento lembrou também que o PSD tem cinco temas prioritários para a discussão do OE: aumento do rendimento das famílias (área na qual se insere a proposta de corte no IRS), aumento da produtividade, saúde, habitação e educação.
As jornadas parlamentares do PSD ocorrem esta segunda e terça-feira no Parlamento. Serão encerradas, na terça-feira, pelo líder do partido, Luís Montenegro.