O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu, esta terça-feira, que o país não deve continuar a avançar no plano de desconfinamento à mesma velocidade, propondo que ele seja travado nos concelhos de maior risco de incidência de covid-19.
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"Aquilo que entendemos que deve ser feito é, em primeiro lugar, não continuar o desconfinamento global no país. Não o fazer naqueles concelhos que estão com os indicadores de risco mais elevados e nos concelhos que têm fronteira com esses concelhos", considerou o dirigente social-democrata, em conferência de imprensa, na sede do PSD no Porto, após ter a audiência por videoconferência com o presidente da República.
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Para Rui Rio, os concelhos mais afetados pela pandemia só deveriam avançar para a próxima fase de reabertura quando os "indicadores de risco estivessem num plano aceitável". "Caso contrário, se não travarmos aí, daqui por um mês ou dois vamos ter de travar o país todo outra vez. Portanto, considero que seria prudente não desconfinarmos tudo", alertou.
O líder do PSD, que aprova a renovação de mais um estado de emergência, admitiu que Portugal está numa situação "francamente pior", tendo em conta que, "na última sessão do Infarmed, eram precisos 30 dias para reduzir os casos para metade e agora são precisos 30 dias para duplicar os casos".
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O líder dos sociais-democratas considerou ainda que "o Governo tem de fazer um maior esforço em termos de testagem", que "não tem corrido da melhor maneira, designadamente, nas escolas, que são elementos absolutamente nevrálgicos no controlo do contágio".
E deixou o apelo para que o Governo faça "os testes como devem ser feitos e num passo mais acelerado para que se possa minorar o risco de infeção, nestes locais, e realizar "o rastreio, bem feito, inerente aos casos detetados".