Três anos depois, a Universidade de Verão do PSD está de regresso a partir desta segunda-feira. A primeira academia de formação de quadros da liderança de Luís Montenegro teve um "boom" de 300 candidaturas, vai contar com a participação em vídeo do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, além de Marques Mendes, da ex-líder do CDS-PP Assunção Cristas e do presidente do Conselho Económico e Social, o socialista Francisco Assis.
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"O programa tem um conjunto muito especial de personalidades que faz prever que a Academia vai ser muito especial", considera Alexandre Poço, líder da JSD, que organiza, desde 2003, a Universidade de Verão junto com o Instituto Francisco Sá Carneiro e o Partido Popular Europeu (PPE).
Na 18.ª º edição, que arranca esta segunda-feira, como sempre, em Castelo de Vide, uma centena de participantes vai contar com "aulas" de quadros do PSD como o autarca de Lisboa Carlos Moedas; a presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, o ex-ministro Miguel Poiares Maduro; o eurodeputado Paulo Rangel; e o ex-líder do partido Marques Mendes.
Ao longo de uma semana, os participantes, entre os 18 e os 30 anos, vão assistir ainda a aulas do socialista Francisco Assis e da ex-líder dos centristas Assunção Cristas.
30 perguntas em vídeo
Um dos pontos altos será a participação de Marcelo Rebelo de Sousa, que vai responder a 30 perguntas de 30 participantes em formato vídeo, numa altura em que cresce algum mal-estar no PSD pela forma como se tem "colado" ao Governo de António Costa, esvaziando algumas das críticas feitas por Montenegro.
Essa poderá ser uma das questões a que terá de responder, mas que Poço desvaloriza. "Qualquer participante é livre de fazer a questão que bem entender ao presidente. No PSD, não há delito de opinião", vinca.
O momento alto será, contudo, a intervenção final do líder do partido, Montenegro, que no domingo fará a sua estreia numa Universidade de Verão que teve um "boom" de inscrições : 300 para 100 lugares. Algo que Alexandre Poço já esperava, dado que o evento não se realiza desde 2019. "É um fator positivo. Mostra que o partido continua a ter a capacidade de atrair jovens ".
"Isso deixa-nos muita esperança relativamente ao futuro. Numa altura em que há a sensação de que grande parte da juventude está mais alheada da política, ver tantos jovens a querer participar é muito bom", concorda o diretor da Universidade de Verão, Carlos Coelho.