Já há seis anos que não entravam tantos alunos na primeira fase de acesso ao Ensino Superior, como em 2016.
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Este ano, 42 958 estudantes conseguiram colocação, o que representa um aumento de 2,1% em relação ao ano passado. Se se excetuar o período entre 2008 e 2010, em que os acessos foram superiores, então há 13 anos que não havia tanta gente pronta a iniciar uma licenciatura. Metade dos alunos conseguiram entrar na primeira opção, mantendo-se a Universidade do Porto como a mais procurada. E a Engenharia Aeroespacial destronou Medicina na nota mais alta.
Nesta primeira fase de candidaturas, que abriu 21 de julho com 50 688 vagas nas universidades e politécnicos, concorreram 49 472 estudantes no concurso nacional de acesso - sistema que este ano assinala quatro décadas. Trata-se de um crescimento de 2,5% em comparação com o número de alunos em 2015: 48 271.
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Tendo ficado colocados 87% dos candidatos, sobraram 8022 vagas para a segunda fase de candidaturas - que se inicia já amanhã, no mesmo dia em que arrancam as matrículas e inscrições nas instituições. Houve ainda 342 candidatos cujos processos foram excluídos por não terem as condições exigidas. Refira-se que durante o resgate financeiro do país, de 2011 a 2014, ficaram por ocupar nesta fase quase 14 mil vagas em média por ano.
Metade (51%) dos que agora se estreiam na vida académica conseguiu colocação no curso que escolheu como primeira opção - foram 21 950. Outros 21% entraram na segunda opção e 12% na seguinte. Resumindo: 84% dos estudantes colocados entraram nas suas três primeiras escolhas. Somente 1 401 (3% dos acessos) correspondem a uma sexta opção.
De acordo com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, em declarações aos jornalistas na apresentação destes dados, estima-se que o número de novos estudantes venha a ser de 78 250, depois de concluída a terceira fase de acesso - a 10 de outubro -, inscritos os alunos dos novos cursos técnicos superiores profissionais [ler página 6] e ainda com os que entrarem através de outras vias de acesso - como os maiores de 23.
A Universidade do Porto manteve-se mais uma vez à cabeça das escolhas dos alunos, segundo o Índice de Força (IF) - calculado com base no número de vagas e no de candidaturas. Para os 4160 lugares disponibilizados, houve 7736 candidatos, o que resulta numa taxa de IF de 185%. Logo atrás, surge o ISCTE, com 172%, e a Universidade Nova de Lisboa, 165%.
Medicina perdeu para a Engenharia o título da área com a nota mais alta de entrada. As engenharias Aeroespacial e a Física e Tecnológica, ambas do Instituto Superior Técnico de Lisboa , registaram simultaneamente os valores mais elevado do último aluno colocado: 185,3.