Com um novo Parlamento eleito e muitas caras novas, o JN fez o levantamento das remunerações ilíquidas dos deputados da Assembleia da República consagradas na legislação e comparou com a realidade de outros países. Em Espanha, os salários são mais baixos mas há mais subsídios e bastante superiores.
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Todos os deputados portugueses, com a exceção do presidente da Assembleia da República, têm, em 2024, uma remuneração base mensal ilíquida (ou seja, sem os descontos de IRS e Segurança Social) de 3892,14 euros, de acordo com o estatuto remuneratório publicado no site do Parlamento. O valor do vencimento é superior (4096,99 euros) mas conta-se a redução excecional de 5% no vencimento mensal, que está prevista na lei para salários de titulares de cargos políticos.
No entanto, ao salário base podem ser acrescidas despesas de representação, cujos valores variam de acordo com as funções desempenhadas e que não estão sujeitas ao corte de 5%: deputados em regime de exclusividade ganham mais 409,70 euros; presidentes e, em alguns casos, vice-presidentes das comissões parlamentares têm direito a 614,55 euros; presidentes dos grupos parlamentares 819,40 euros; e membros do Conselho de Administração ou vice-presidentes da AR acrescem mais 1024,25 euros. O valor mais alto cabe ao presidente: 2622,07 euros.