Proteção Civil coloca regiões a norte do rio Tejo e Alto Alentejo em alerta vermelho. Três feridos no Fundão.
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Quase cem incêndios florestais e rurais mobilizaram mais de dois mil bombeiros durante este sábado. O grande fogo no Fundão, que consumiu uma área superior a 1200 hectares, estava dominado ao final da tarde. Às 19 horas, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil deu conta de que estavam em resolução 28 incêndios, que ainda mobilizavam 1515 operacionais, 471 meios terrestres e 10 meios aéreos. As situações mais preocupantes viviam-se no Marco de Canaveses, Braga, Fafe, Oliveira de Azeméis e Leiria. As chamas em território bracarense chegaram a ameaçar habitações.
"De salientar que nenhuma das ocorrências significativas ativas apresenta, para já, preocupação extrema, todos os incêndios têm o combate a evoluir favoravelmente", salientou André Fernandes, comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, que fez um ponto de situação ao final da tarde.
Ao longo do dia, registaram-se 96 fogos sem vítimas. Os únicos feridos, ligeiros, foram três bombeiros no combate às chamas no concelho do Fundão.
Em Pombal, a GNR de Leiria deteve um homem de 38 anos, suspeito de ter causado o fogo da Redinha (deflagrou às 12 horas), ao cortar mato com uma roçadora. Em Braga, o incêndio no Monte das Caldas, em Sequeira, ameaçou várias habitações. Até às 19 horas, ninguém tinha sido evacuado. A GNR cortou algumas vias para impedir a circulação rodoviária nas imediações das chamas.
Tolerância zero
No entanto, os próximos dias serão de muito calor e quase todo o Norte e Centro do país apresentam risco máximo de incêndio. Daí que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil tenha "decidido aumentar o estado de alerta especial para o dispositivo de combate a incêndios rurais", explicou o comandante André Fernandes.
Nas próximas segunda e terça-feira, as regiões a norte do Tejo e o Alto Alentejo estarão em alerta vermelho. Todas as outras mantêm-se em alerta laranja. O comandante sublinhou que, nos próximos dias, a tolerância para uso do fogo é "zero".