Raia transmontana: pelos caminhos do contrabando até à livre circulação
Do lado de lá da fronteira, hoje e antes da Revolução, encontraram meio de subsistência. Por percursos diversos.
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A fronteira, que há 50 anos era uma barreira entre Portugal e Espanha, atualmente só é visível nas respetivas placas toponímicas à saída de Miranda do Douro. Quem já nem repara nas placas, tal é a naturalidade com que diariamente cruza a fronteira para trabalhar, é Marisa Lavrador, assistente social, 41 anos, residente em Miranda do Douro, diretora de duas instituições particulares de solidariedade social (IPSS) em Espanha. “Trabalho em Muga e Villar del Buey, na província de Zamora, a cerca de 20 quilómetros de Miranda do Douro”.
A assistente social praticamente só trabalhou em Espanha, onde há mais e melhores oportunidades, melhores salários e condições de trabalho. “Ainda trabalhei aqui numa IPSS, mas surgiu a possibilidade de ir para Espanha e aventurei-me”, contou.