Mais de metade das secundárias, públicas e privadas, não consegue melhorar as notas dos seus alunos face a uma média nacional. Um quinto dos estabelecimentos teve média negativa no ranking feito com base nos exames.
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Por disciplina - A maioria das escolas teve média positiva nos exames com mais alunos inscritos. Matemática A foi, este ano, a média mais elevada por estabelecimento (11,19 valores) e a disciplina onde mais escolas conseguiram resultado acima desse resultado nacional. A Português a média subiu muito ligeiramente dos 10,75 para os 11,04 valores. Comparativamente, há mais secundárias públicas na tabela de Matemática (são 20 nos primeiros 50 lugares) do que na de Português (14 nos primeiros 50 lugares). Este ano o Ministério da Educação também divulgou dados sobre as retenções por escola, concelho e distrito. A análise por município revela que não há concelhos ou distritos sem chumbos no secundário. Outra novidade, é a informação sobre o ensino profissional: os cursos de informática e de hotelaria e restauração são os escolhidos por quase um terço dos 105 mil alunos, em 2015-2016.
Os percursos diretos de sucesso são a percentagem de alunos, em cada escola, que termina o secundário sem chumbar e com positiva nos exames nacionais. Esse nível pode ainda ser comparado com a média nacional registada pelos estabelecimentos com um contexto similar - ou seja, que partiu da mesma média no 10º ano. É este diferencial que mede o sucesso de uma escola e a tabela construída a partir deste indicador (e que pode consultar no suplemento publicado na edição impressa do Jornal de Notícias deste sábado) revelou que 42 estabelecimentos tiveram um índice de progresso nulo e que 286 (mais de metade) pioraram os resultados entre o 10º e o 12º.
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Para o secretário de Estado da Educação, João Costa, este indicador criado pelo Ministério da Educação, em 2016, "mede a mais-valia de cada escola para o aluno. Além de comparar alunos comparáveis" e de penalizar a seleção de alunos ou a retenção de quem tem notas mais baixas para não ir a exame e prejudicar a média da escola. Esta é uma tabela mais dividida entre secundárias e colégios com 59 públicas entre os 100 primeiros lugares.
Já no ranking feito com base nos resultados dos exames nacionais mantém-se a hegemonia dos colégios. Um quinto das escolas registou média negativa, só dez (1,6%), todas privadas, conseguiram classificação superior a 14 valores. A tabela volta a ser liderada, pelo segundo ano consecutivo, pela Academia de Música de Santa Cecília (Lisboa). As primeiras públicas são as secundárias Quinta do Marquês (Oeiras), no 41º lugar, e Clara de Resende (Porto) em 43º lugar.
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