A Raríssimas vai substituir, a 20 de maio, os quatro membros da direção que se demitiram por causa de críticas dos funcionários à forma como a associação tem sido gerida no último ano. Só ficou em funções a presidente.
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A Raríssimas - Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras tem estado a funcionar apenas com a presidente da Direção, Maria Júlia Cardoso, que tem mandato até 2023. Isto porque quatro vogais demitiram-se na sequência do corte do apoio financeiro de 2,8 milhões de euros decidido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), além da insatisfação de funcionários relativamente ao desempenho da direção ao longo de um ano.
A atual direção, liderada por Maria Júlia Cardoso, foi eleita em abril de 2021 para terminar o mandato de Maria João Trincão, eleita em dezembro de 2019 por quatro anos, mas que renunciou ao cargo pouco depois. Após a renúncia de Maria João Trincão, Tatiana Louro, médica e diretora clínica na Casa dos Marcos, assumiu a presidência. A médica demitiu-se com os restantes órgãos sociais no final de 2020.
A lista de Maria Júlia Cardoso foi a única que se apresentou a votos no próprio dia do ato eleitoral. A quarta presidente da Raríssimas, desde o afastamento de Paula Brito e Costa (devido a uma investigação a crimes de peculato, recebimento indevido de vantagens e falsificação de documentos, no final de 2017). Foi eleita com 20 votos a favor e 19 nulos. Se não tivesse surgido, estava em cima da mesa a extinção daquela associação
Um ano depois, contudo, quatro vogais bateram com a porta. Para se evitar novas eleições, a Raríssimas marcou Assembleia Geral para o dia 20 de maio, na sua sede, na Casa dos Marcos, com vista à substituição daqueles elementos da Direção.
Segundo um anúncio publicado na imprensa diária, as candidaturas aos lugares de vice-presidente, tesoureiro, secretário, vogal e suplentes têm que ser apresentadas entre os dias 6 e 12 de maio.