A Raríssimas vai votar este domingo a demissão da presidente, que deve ser substituída por uma comissão de gestão até ao fim do mandato. A Assembleia Geral Extraordinária foi agendada na sequência de um requerimento apresentado por 39 sócios que se insurge contra a forma como Maria Júlia Cardoso dirige a associação, sozinha sem dar conhecimento aos sócios das decisões que toma.
Corpo do artigo
Ao que o JN apurou, o grupo já terá pronta uma lista composta por cinco sócios que vão substituir Maria Júlia Cardoso durante um ano e meio, até ao fim do mandato. Isto caso a demissão da presidente, do seu marido, presidente da Assembleia Geral, e de dois membros da direção, Secretária e vogal do Conselho Fiscal, seja aprovada.
O grupo entregou uma carta à Assembleia Geral com 14 páginas, apurou o JN, na qual é referida a forma como Maria Júlia Cardoso lidera a Raríssimas, sem comunicar com o staff e restantes sócios. O JN entrou em contacto com Maria Júlia Cardoso, mas esta optou por não tecer quaisquer comentários.
Maria Júlia Cardoso é a quarta presidente da Raríssimas. Foi eleita em abril de 2021 para terminar o mandato de Maria João Trincão, que renunciou poucos meses depois de tomar posse, em dezembro de 2019. Ainda passou pelo cargo de presidente Tatiana Louro, médica e diretora clínica na Casa dos Marcos para substituir Maria João Trincão, mas também se demitiu no final de 2020.
Paula Brito e Costa, a primeira presidente, saiu no final de 2017 da instituição. É investigada por crimes de peculato, recebimento indevido de vantagens e falsificação de documentos.