O primeiro-ministro afirmou que a recuperação económica será o primeiro dos três principais objetivos da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, com a operacionalização até junho de todos os instrumentos financeiros já concebidos.
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António Costa assumiu esta posição em conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Centro Cultural de Belém, onde decorreu a reunião plenária entre o Governo português e o colégio de comissários.
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"Esta presidência portuguesa ocorre num momento muito importante do combate à pandemia de covid-19, que está a ter graves consequências económicas e sociais", declarou António Costa, elogiando depois o trabalho desenvolvido pelas instituições europeias, em especial a Comissão, na resposta à crise económica, social e sanitária.
De acordo com o primeiro-ministro, nas três dimensões fundamentais da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, "a recuperação económica é o principal objetivo".
"Todos os instrumentos financeiros concebidos têm de ser operacionalizados o mais depressa possível. A 'bazuca' europeia [verbas do fundo europeu de recuperação] tem mesmo de ser disparada", disse, antes de se referir às restantes duas prioridades da presidência portuguesa: O desenvolvimento do Pilar Social da União Europeia e o "reforço da autonomia estratégico" da Europa no mundo.
Admite suspensão das regras do Pacto de Estabilidade
Sem assumir uma posição definitiva em matéria de um eventual prolongamento da suspensão das regras do Pacto de Estabilidade para além de 2021, o primeiro-ministro português referiu no entanto que "há um consenso muito grande entre os economistas a nível internacional de que não devem ser diminuídos os apoios cedo demais".
"Ainda esta semana, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, reiterou que não devem ser retirados os apoios cedo demais", reforçou a título de exemplo.
Para António Costa, a ideia mais consensual "é voltar ao cumprimento das regras [do Pacto de Estabilidade] quando se atingir aquilo que são os níveis do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019".