"Resiliência, capacidade de adaptação e visão de futuro". Estas são, nas palavras de Domingos de Andrade, administrador da Global Media Group e diretor do JN, características essenciais para o país sair da crise em que está mergulhado devido à pandemia.
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Domingos de Andrade falava na sessão de abertura da conferência "Aveiro no Centro da resposta à pandemia", que decorre, esta sexta-feira, no Centro de Congressos de Aveiro e que é transmitida em jn.pt e tsf.pt.
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Esta é uma "crise sem precedentes", que começou com a ameaça à saúde pública e avançou para a área social e económica. Portugal aguarda a "bazuca" de dinheiro que chegará da União Europeia para ajudar a fazer face à situação. Do orçamento da União Europeia chegarão ao país 45 mil milhões de euros em subsídios. A receita para sair da crise pode até, assim, parecer simples, "mas o caminho é difícil", alertau. O verdadeiro plano para sair da crise, sublinha ainda o diretor do JN, "só será útil se houver envolvimento de todas as partes", pelo que fóruns de discussão como este são de grande relevo.
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"É importante que nos ajudemos" uns aos outros e que as famílias e as empresas se capacitem, defendeu Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro. Precisamos, disse o autarca, de "Estado e organizações mais competentes" para conseguir responder quando chegam momentos difíceis, sejam eles recessões ou a pandemia que abalou o mundo. A solução, advogou, não passa pelo "crescimento da dívida, a baixa de impostos ou discursos eleitoralistas", é preciso "capitar as empresas e as organizações" para serem "mais capazes e competentes". Para isso, acredita, a "descentralização é capital".
O autarca de Aveiro, também líder da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, aproveitou a ocasião para lembrar que a primeira prioridade de investimento da região é a qualificação do hospital e centro académico clínico. E "não há primeiro-ministro que tenha o direito democrático de dizer não", disse.