O epidemiologista Henrique barros defendeu hoje que a resposta à pandemia de covid-19 deve dar prioridade às desigualdades, dando como exemplo as consequências nos lares, onde o risco de infeção nos idosos e trabalhadores sempre foi maior.
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Na intervenção que fez na reunião de peritos para fazer o ponto da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, o especialista do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto deixou cinco lições que devem ser aprendidas nestes dois anos de pandemia, a primeira das quais a necessidade de a resposta ter de dar prioridade às desigualdades.
Sublinhando que estas cinco lições resultam de um consenso de especialistas da associação de escolas de saúde pública europeias, Henrique Barros disse, por exemplo, que as probabilidades de infeção nos trabalhadores dos lares sempre foram o dobro das probabilidades nas pessoas que estavam nas suas casas.
"É preciso olhar para este tipo de desigualdades", insistiu.