Revista de Imprensa: Juntas médicas em risco de parar dois meses por falta de dinheiro

Foto: António Pedro Santos / Arquivo Lusa
Um número indeterminado de doentes está em risco de ficar sem avaliação em junta médica para acesso a apoios sociais, pelo menos até ao início do próximo ano, destaca, esta sexta-feira, o semanário "Expresso".
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Isso deve-se ao facto de dezenas de médicos que asseguram as peritagens terem atingido o plafond previsto e, ao invés de anos anteriores, a indicação que têm é a de que não haverá reforço de verbas, segundo denúncia feita por vários clínicos ao jornal. Nos últimos dias, dezenas de médicos prestadores de serviços receberam uma carta da Segurança Social a informar que os valores contratualizados com o Sistema de Verificação de Incapacidades irão ser atingidos, não se prevendo a atualização dos montantes. Ou seja, em novembro e dezembro, deixam de assegurar as referidas juntas médicas.
Já há quase 50 escolas internacionais em Portugal
No ano letivo de 2019/20 havia um total de 37 escolas com planos de estudos estrangeiros em Portugal, um número que em 2023/24 aumentou para 45, de acordo com as estatísticas do Ministério da Educação, a que o "Expresso" teve acesso, que informam ainda que "atualmente existem 48 autorizações de funcionamento de escolas privadas com oferta internacional". O concelho de Cascais é o que tem mais - pelo menos 11 -, seguindo-se Lisboa, Oeiras, Sintra e Porto. As propinas cobradas começam, geralmente, em cerca de 10 mil euros anuais e ultrapassam os 20 mil euros nos últimos anos do secundário, fora inscrições, uniformes, refeições, atividades extracurriculares e os próprios exames internacionais.
Ex-ministra e mais 28 professores receberam milhares ilegalmente
Uma auditoria da Inspeção-Geral da Educação e Ciência à Universidade Nova de Lisboa concluiu que a ex-ministra da Ciência, Elvira Fortunato e mais 28 professores da Faculdade de Ciências e Tecnologia do estabelecimento de ensino, entre eles Rodrigo Martins, marido da ex-governante, receberam milhares de euros de forma ilegal, em violação do regime de exclusividade a que estavam obrigados, assinala o semanário "Sol". A auditoria indica que os docentes terão acumulado funções e remunerações indevidamente durante vários anos. A ex-ministra os restantes professores dizem que agiram de boa-fé. O diretor da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Nova, que também é responsável pela Uninova, pediu um parecer jurídico para determinar os próximos passos.
Redução da despeça passará por regras para transporte de doentes e para medicamentos
O "Diário de Notícia" antecipa algumas das medidas que serão apresentadas hoje no Parlamento por Ana Paula Martins, ministra da Saúde, para reduzir a despesa em cerca de 10%. Além das regras para tarefeiros e combate à fraude, serão apresentadas as novas regras para transportes de doentes não urgentes - entregues atualmente a empresas privadas e associações de bombeiros - para os medicamentos, aumentando o uso de genéricos e biossimilares, e para outro tipo de gastos diários, como energia, gás, entre outros. Administradores hospitalares estão apreensivos e querem saber "qual é, afinal, o plano de acesso a cuidados".
ULS de Lisboa e Vale do Tejo têm mais do dobro das reclamações do que as do Norte
As reclamações e elogios dos utentes dos serviços de saúde estão a aumentar e a maioria são relativas a ocorrências em unidades da região de Lisboa e Vale do Tejo, que concentram mais do dobro dos processos da região norte. Segundo informa o "Público", a Unidade Local de Saúde (ULS) de São José foi a unidade campeã de reclamações no primeiro semestre deste ano, seguida da ULS Amadora-Sintra e das unidades do grupo Lusíadas. Unidades de saúde de Lisboa e Vale do Tejo têm mais do dobro das reclamações do que as do Norte. Unidades dos setores público, privado e social foram alvo de quase 43 mil queixas no primeiro semestre deste ano. Cuidados de saúde e segurança do utente são o principal motivo do descontentamento.
Major-general julgado por beneficiar empresa em que ele e o filho trabalharam
O major-general Manuel Gravilha Chambel, que foi diretor-geral de Armamento e Infraestruturas da Defesa, está a ser julgado no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa por um crime de abuso de poder por alegadamente ter beneficiado uma empresa em que o filho e ele próprio trabalharam, a UAVision, no âmbito da industrialização do protótipo de um drone financiado pelo Ministério da Defesa. O major-general conhecia um dos donos da empresa, que era casado com uma prima direita da sua nora. Após dez anos de inquérito, o Ministério Público decidiu avançar com esta parte da acusação no ano passado, arquivando as suspeitas relacionadas com o favorecimento de outra empresa, que fez a manutenção dos helicópteros EH101, avança o "Público".
Pensões baixas atiram reformados para quartos
Já não é o divórcio, o desemprego ou a doença que leva as famílias endividadas a pedir ajuda ao Gabinete de Proteção Financeira da Deco: é a habitação. "É uma mudança", confirma Natália Nunes, responsável pelo GPF, ao "Correio da Manhã", alertando para o impacto deste problema nos reformados mais vulneráveis, que os leva a pedir crédito para pagar os aumentos da renda ou mesmo a terem de viver em quartos. Desde o início do ano, a DECO está a registar um aumento de reformados que, entre pedidos de informação e de apoio, atingiram os três mil agregados. Destes, mais de metade vivem em casas arrendadas, 10% pagam crédito à habitação e 11,5% vivem noutras situações habitacionais, como quartos.
Cunhado vende imóvel a Leitão Amaro pelo mesmo preço que o comprou
Uma empresa do cunhado de António Leitão Amaro vendeu ao atual ministro da Presidência e à mulher um imóvel, em Lisboa, pelo mesmo preço que o comprou três anos antes, numa altura em que os preços das casas já estavam inflacionados na capital. Em agosto de 2018, a Destinos Mágicos comprou um imóvel devoluto por 750 mil euros e, em novembro de 2021, vendeu-o a Leitão Amaro pelo mesmo preço, segundo as escrituras de compra e venda, assinala o "Correio da Manhã". Questionado sobre este negócio, Leitão Amaro garantiu que comprou o imóvel "pelo preço sem descontos, sem favores, sem benefícios".
Novo T-Roc protege Autoeuropa da crise da Nexperia
Sem estarem imunes a eventuais disrupções na cadeia de fornecimento devido à crise dos semicondutores produzidos pela Nexperia, as duas maiores fábricas produtoras de automóveis em Portugal não estão, para já, em modo de alarme. A fábrica de Palmela está, por agora, tranquila perante a crise dos chips da Nexperia, estando afastada uma paragem como aconteceu na Bosch. A Stellantis de Mangualde também não sente ainda os efeitos, mas em ambas as fabricantes a avaliação das condições de produção está a ser feita "semana a semana", como aconteceu com a escassez de chips em 2022, refere o "Negócios".
