Revista de Imprensa: Venda do Novobanco rende 1,1 mil milhões a gestores do Lone Star
O Lone Star deverá distribuir prémios de cerca de 1,1 mil milhões de euros pelos gestores envolvidos no negócio da venda Novo Banco, assim que se concretizar a oferta de 6,4 mil milhões de euros dos franceses BPCE, avança, esta segunda-feira, o "Público".
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Este montante representa um terço do apoio público que o banco recebeu. O fundador e presidente do fundo norte-americano, John Grayken, vai receber a fatia de leão, seguido de perto pelo atual presidente executivo (CEO), Donald Quintin, num grupo que inclui Kambiz Nourbakhsh, Benjamin Dickgieser (administrador financeiro do Novobanco) ou Evgeniy Kazarez. No cálculo do valor dos bónus conta a relevância de cada um na cadeia de valor do Lone Star e a sua participação no sucesso do negócio.
Marinha com um défice global de 27% no efetivo
Nobre de Sousa, Chefe de Estado-Maior da Armada, em entrevista ao "Diário de Notícias", relevou que o problema mais crítico da Marinha é a falta de pessoal, que tem um défice global de 27% no efetivo. Dos 8734 militares que o decreto-lei de efetivos em vigor lhe permite ter, entre oficiais, sargentos e praças, a um de setembro tinha apenas 6365. "Ou seja, tenho um défice de 2369 militares. Mas no caso concreto da categoria de praças, estou 36% aquém", anota Nobre de Sousa, alertando para o desgaste que isso causa em quem está ao serviço. Para além da falta de efetivos, a dificuldade de retenção de militares é outra das situações críticas, assinalando que há oficiais que pedem para sair, mesmo tendo de pagar ao Estado 172 mil euros.
PJ investiga secretário de Estado da Agricultura
A Polícia Judiciária está a investigar o secretário de Estado da Agricultura, João Moura, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais em negócios suspeitos de alegada circulação de dinheiro entre as empresas do governante, revela o "Correio da Manhã". Nas declarações de rendimentos que entregou à Entidade para a Transparência enquanto secretário de Estado da Agricultura, Moura declarou que ele e a mulher são sócios, cada um com uma quota de 50% na Quadradoaometro e Metric Memory. A primeira é um gabinete de engenharia e a segunda atua em turismo no espaço rural, animação turística, exploração agrícola e animal, comércio, importação e exportação de produtos alimentares, bebidas, têxteis, vestuário, calçado, atividades de restauração e similares, consultadoria para os negócios e a gestão. Embora não se conheçam os negócios que estão sob investigação das autoridades, sabe-se que a Quadradoaometro tem um imóvel de luxo, no qual já investiu quase 600 mil euros.
Prémios têm de reter sempre IRS e acerto só será feito no ano seguinte
A Autoridade Tributária e Aduaneira divulgou o procedimento para o pagamento de prémios de produtividade. Segundo avançou o "Negócios", ainda que isentos de impostos, os bónus aos trabalhadores estão sempre sujeitos a retenção na fonte, pelo que terminado o ano, a empresa que os paga - e cumpridos os requisitos legais para ser possível o acesso aos benefícios - terá de entregar uma declaração de substituição permitindo que, dessa forma, seja recuperado o imposto que tenha retido a mais. Quanto aos trabalhadores, só serão ressarcidos no ano seguinte. Em causa está uma norma do Orçamento de Estado para este ano que veio isentar de IRS os prémios de produtividade, desempenho, participações nos lucros e gratificações de balanço que as empresas decidam atribuir aos trabalhadores, mas que desde o início levanta dúvidas do ponto de vista interpretativo, já que a isenção de IRS está dependente do cumprimento de um conjunto de requisitos.
Saborosa de Ponte de Lima compra Chipicao à Pepsi
A Officetotal Food Brands, empresa de Ponte de Lima que produz as bolachas belgas sob a marca Saborosa, madalenas da marca Aurosa, croissants e waffles, entre outros produtos, adquiriu a marca Chipicao para os mercados de Portugal, Espanha e França. A aquisição foi feita à norte-americana PepsiCo, dona de marcas como a Pepsi, 7UP, Lay"s, Doritos, Cheetos, Ruffles ou Matutano, que os produzia na fábrica do Carregado, cuja linha de produção adquirida pela Officetotal "será desmantelada". "A Chipicao tem vindo a perder vendas e é nossa missão reconquistá-las e recolocar a marca onde ela merece estar", sinalizou o CEO da nova dona da insígnia, Diogo Freitas, avançando que o objetivo da empresa limiana é "duplicar" a faturação da Chipicao em dois anos, para "10 milhões em 2027".