Rio desafia "adversários" a aceitar por Portugal resultado de domingo seja ele qual for
Rio apelou a todos os "adversários" que aceitem, "por Portugal", no domingo "o veredicto do povo". No fecho da campanha, o líder do PSD mostrou "disponibilidade" para trabalhar com qualquer força, de modo a fazer-se as "reformas que o país precisa", e colocou o partido no Centro "moderado".
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"Há muitas diferenças entre nós, nalguns casos gigantescas, mas acredito que estão todos por Portugal. E por isso vamos agora aguardar o veredicto do povo e aceitá-lo democraticamente", apontou Rui Rio, no Largo do Carmo, em Lisboa, onde assinalou o fim da campanha eleitoral laranja. O apelo, frisou, destina-se a todos "os adversários".
Num comício em que começou por prestar uma homenagem a Freitas do Amaral, o presidente social-democrata sublinhou que o PSD tem "uma postura de Estado", que "inclui também a disponibilidade para com os outros fazer as reformas que Portugal necessita". "Só com os outros podem ser feitas", defendeu.
"Estamos na política para honrar aquilo que sempre tenho dito: primeiro Portugal. Em primeiro não está o PSD, em primeiro está Portugal", acrescentou, referindo que esse "sentido de Estado" traduz-se na promessa de que se o partido ganhar não haverá nomeações de familiares e militantes para a máquina estatal.
Uma das promessas, frisou, "não está no nosso programa, mas na forma de ser: não ir para a Administração Pública e inundá-la de familiares e militantes do PSD".
Rui Rio assegurou que o voto no PSD é uma mudança que "não é para a Esquerda, nem para a Direita".
"A nossa mudança é para o Centro, que é onde está o equilíbrio e a moderação. O PSD é do Centro e o Centro é a moderação", disse, depois de ter feito uma arruada com centenas de pessoas, em que parte do trajeto foi semelhante ao que António Costa realizou cerca de duas horas antes, pelo Chiado e que começou junto do café A Brasileira. Aliás, a enchente foi maior que a do Porto, na quinta-feira, ao ponto de quando a cabeça da arruada estava já na Calçada do Carmo ainda haver gente a dobrar a esquina da Rua 1.º de Dezembro.
Rio, que realizou mais de 3000 quilómetros desde o dia 24 de setembro, fez questão de sublinhar que decidiu fechar a volta da caravana laranja no Largo do Carmo, porque foi aqui que "voltou a renascer a democracia e a liberdade".
"Ainda hoje temos de defender a liberdade do politicamente correto, que muitas vezes se assume como imposição das minorias às maiorias. Continuamos a ser livres e não aceitamos a ditadura do politicamente correto", atirou, ladeado pela ex-presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite - que esteve ao seu lado desde o início da arruada -, candidatos pelo círculo de Lisboa, como a cabeça de lista Filipa Roseta, e vários dirigentes dos órgãos nacionais.