Candidatos marcaram presença em programas da manhã e de humor na televisão e no YouTube. Houve lágrimas, fotos de família em pijama e açorda de alho. A política de entretenimento ganhou força nesta campanha eleitoral, mas pode não ser suficiente para convencer os indecisos.
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A campanha eleitoral tem sido muito mais do que debates, entrevistas, visitas a feiras e arruadas. Os candidatos também foram presença assídua nos programas da manhã na televisão, em registos intimistas como o Alta Definição e em formatos mais “fora da caixa” como os programas de humor de Ricardo Araújo Pereira ou do youtuber Guilherme Geirinhas. “É política de entretenimento”, sublinha ao JN João Carvalho, doutorado em Ciência Política. Uma estratégia que “permite uma maior proximidade dos candidatos” com o público e assim “conseguem gerar empatia”, acrescenta Nelson Zagalo, professor na área dos Novos Media na Universidade de Aveiro.
“Se não estiverem nestes programas estão em desvantagem em relação aos outros candidatos, daí todos se predisporem a ir”, salienta João Carvalho. “A ideia não é informação, é entreter e pode chegar a uma parte do eleitorado que está mais suscetível a este tipo de mensagens e menos ao discurso político”. Por outro lado, “aquilo que eles vão dizer é uma mensagem relacionada com a audiência do programa”.