Rui Moreira espera que seja possível "mitigar impacto paisagístico" da nova ponte
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou esta sexta-feira ter "ainda a esperança" de que seja possível "mitigar o impacto paisagístico" da nova ponte entre a Invicta e Gaia para a linha Rubi do metro, com a "genialidade" do arquiteto Álvaro Siza. E reafirmou que a localização "não é a que melhor serve os interesses da cidade do Porto".
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"A nova travessia vai seguramente promover a mobilidade sustentável entre Porto e Gaia. E temos ainda a esperança de que, apesar da sua localização, seja possível mitigar o impacto paisagístico desta infraestrutura", afirmou o autarca, na conferência de aniversário do JN "135 anos a criar pontes".
"Como já afirmei publicamente, a localização da nova ponte não é a que melhor serve os interesses da cidade do Porto, sobretudo pelas implicações no seu património paisagístico. Quero acreditar, no entanto, que a genialidade do arquiteto Álvaro Siza conseguirá minimizar o efeito visual da ponte no cenário único da foz do Douro", prosseguiu Rui Moreira.
Antes, o autarca destacou que o JN foi parceiro dos municípios de Porto e de Gaia no processo de escolha do nome para a nova ponte do metro.
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"A história do Porto é de facto muito marcada pela atividade económica, social e cultural desenvolvida entre as duas margens do rio", referiu, a propósito.
"O Jornal de Notícias é uma das mais importantes e respeitáveis instituições da cidade do Porto. É incalculável a importância histórica do jornal quer para a afirmação nacional e regional da cidade, quer para a promoção do debate público e para a formação da opinião pública local, quer ainda para o desenvolvimento intelectual, cultural e cívico dos portuenses", declarou Rui Moreira.
"Ontem como hoje, o JN pratica um conceito informativo pouco vulgar em Portugal e que justifica a sua popularidade transversal a diferentes épocas e gerações. Falo do jornalismo de proximidade. Um jornalismo que nos dá as notícias da nossa rua, da nossa cidade, da nossa região. As notícias, no fundo, que mais nos dizem respeito, que mais nos interessam, que mais nos fazem sentir portuenses e nortenhos", prosseguiu Rui Moreira. Além disso, o JN "é provavelmente o órgão de informação que melhor traduz a mundivisão portuense e nortenha".
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A conferência é dedicada à nova ponte para a linha Rubi do metro, que liga o Porto e Vila Nova de Gaia e cujo nome foi escolhido numa consulta popular. Um desafio lançado pelo JN, num processo com as autarquias e com o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, que tutela a Metro do Porto.
Marco Galinha destacou os "135 anos de informação plural, rigorosa e isenta, com contributo de profissionais de excelência". "Estamos já hoje a preparar o futuro", sublinhou o presidente executivo do Global Media Group, enumerando vários projetos para "reforçar ainda mais a posição digital do JN".
Inês Cardoso recordou em seguida a sua entrada para este diário em 1998, na redação de Lisboa. "O JN é uma marca centenária forte e um legado com 135 anos, mas também é, sobretudo, uma casa feita de pessoas que acreditam no rigor e na força do jornalismo". "O jornalismo é sempre a criação de pontes entre pessoas e territórios", defendeu a diretora do JN.
Os desafios dos próximos 50 anos
Foi depois a vez de Marcelo Rebelo de Sousa que, numa mensagem de vídeo, referiu que "onde não há comunicação social não há democracia forte". Após questionar como vamos entrar nos próximos 50 anos, o presidente da República deu a resposta. "Temos de entrar com uma democracia política mais forte, uma comunicação social mais forte, liberdade e pluralismos mais fortes e parceiros políticos e sociais renovados, ajustados ao que mudou em Portugal, na Europa, no Mundo", defendeu o presidente da República. Do mesmo modo, o chefe de Estado afirmou que "temos de entrar com menores desigualdades e menor pobreza, maior crescimento económico, social e cultural". E "tudo isto são apostas de todos e também do Jornal de Notícias".