O candidato independente ao Porto Rui Moreira considerou, esta quarta-feira, "lamentável" a acusação de plágio por parte do PSD e classificou como "questiúnculas" do "PS dos diretórios" a queixa à CNE por abuso da imagem do candidato socialista a Campanhã.
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Na terça-feira, a candidatura do PSD à Câmara do Porto acusou o atual presidente e candidato independente de "plágio" por apresentar "medidas iguais" aos outdoors de campanha de Vladimiro Feliz colocados "há cerca de uma semana".
Em causa estão, segundo os sociais-democratas, algumas medidas apresentadas na terça-feira pelo candidato independente, tais como o prolongamento do prazo de isenção de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para jovens até aos 35 anos (por mais três anos para solteiros e mais cinco para casados), o aumento da rede de creches públicas e a redução da tarifa da água.
"Quem coordenou o nosso manifesto foi o professor Freire de Sousa, creio que o manifesto do PS terá sido o professor Feyo de Azevedo, não acredito que um ou outro se plagiem e, portanto, acho esse argumento, um argumento lamentável", observou Rui Moreira, em declarações aos jornalistas à margem de uma ação de campanha no antigo Hospital Joaquim Urbano.
Referindo-se à promessa de redução da tarifa da água, Moreira mostrou-se mais interessado em perceber se o PSD que, em 2021 promete baixar a tarifa, fosse Governo "se iria vender as Águas do Porto, como tentou vender em 2011, numa altura em que o engenheiro Vladimiro Feliz era vice-presidente da câmara".
"É muito fácil agora dizer que vão baixar a água, mas na altura o que eles [PSD] tentaram, em 2011, sem nunca ter anunciado isso em programa eleitoral, vender as águas, tentaram vender o Silo Auto, tentaram vender um conjunto de coisas", disse.
O independente comentou ainda a queixa apresentada pela candidatura do PS à Câmara do Porto na Comissão Nacional de Eleições pelo que considerou ser um uso "abusivo" da imagem do candidato socialista à freguesia de Campanhã, no jornal de campanha.
Em comunicado, o PS diz que a utilização "abusiva" da imagem do candidato socialista à junta de freguesia de Campanhã revela "má-fé e manipulação", configurando "uma manipulação grosseira e intolerável numa disputa democrática".
"A Junta de Campanhã tem sido um parceiro essencial naquilo que é a nossa estratégia para a freguesia. (...) Não faria nenhum sentido, qualquer sentido que fosse, nós apresentarmos uma candidatura contra aquele que tem sido o nosso aliado e o nosso parceiro, isso é a lógica dos partidos", disse.
E acrescentou: "Julgo que o Ernesto Santos não está nada preocupado com o facto de nós o apoiarmos, julgo que o bom PS também não estará muito preocupado, julgo que o PS dos diretórios naturalmente fica muito ofendido, mas isso são questiúnculas do partido, são questões internas do partido dos socialistas que eles vão ter que resolver se calhar depois das eleições".