O Livre passou o segundo dia de campanha no Saldanha, em Lisboa. O local, onde vivem muitas pessoas em situação de sem-abrigo, não foi escolhido ao acaso.
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Numa ação de rua no Saldanha, em contacto com os cidadãos, Rui Tavares demonstrou preocupação pelo aumento em 17% das ordens de despejo no último ano. "Isto significa que há mais gente a passar por aquela angústia de não saber se vai ter um teto", disse o líder do Livre, explicando que muitas dessas pessoas são "gente que trabalha, ou seja, gente que tem um rendimento, mas que já não tem casa".
A escolha do local para a ação de rua deveu-se ao facto de este estar repleto de pessoas em situação de sem-abrigo. "Um fenómeno que todos nós temos nas nossas cidades, que são cidades de tendas", descreveu.
Rui Tavares recordou, ainda, aos jornalistas que foi o seu partido que criou, no Orçamento de Estado de 2024, o fundo de emergência para a habitação. "A partir do passado dia 1 de janeiro, em todas as transações feitas no imobiliário, 25% do imposto de selo vai para este fundo de emergência", esclareceu, sublinhando que isso corresponde "a cerca de 100 milhões de euros por ano" para apoiar o setor da habitação em Portugal.
O porta-voz do Livre adiantou que vai perguntar ao Governo a proporção do que já se ganhou nestes dois primeiros meses do ano, que, nos seus cálculos, "deverá ser 10 a 20 milhões". E isto "já serve para ajudar muita gente", rematou.