Salvador Malheiro desafiou os críticos internos, "que já defendem um novo líder" mesmo após a vitória de Rui Rio, a mostrarem disponibilidade para entrar na corrida às autárquicas. Caso contrário, o vice-presidente do partido apontou-lhes uma solução: "sair de cena".
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O braço direito de Rio, Salvador Malheiro, lembrou que o PSD deve estar focado nas eleições para os órgãos locais, em 2021, convocando os críticos internos a redirecionar as suas energias para esse combate. Apontou o dedo às energias e aos eleitores perdidos "por terem andado em guerrilhas internas" e deixou mesmo uma crítica direta: "E dizem-nos agora que não têm culpa?".
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"Soubemos pelos jornais que já defendem novo líder. Mas líder será aqueles que os militantes escolheram agora, recentemente, e não parece ser certamente 'o senhor que se segue'. Por uma vez que seja coloquem os interesses do partido à frente de tudo. Por isso, aos catedráticos da crítica fácil, em vez de usar a vossa energia, a vossa mente, a vossa competência política da censura permanente, mostrem a vossa disponibilidade para o verdadeiro combate nas vossas terras", atirou, aludindo ao exemplo das autárquicas de 2001, em que o PSD conseguiu o feito de ser o partido com mais câmaras, o que levou ao pedido de demissão do então primeiro-ministro socialista António Guterres.
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Foi também nessas eleições que Luís Montenegro concorreu às eleições em Espinho e não conseguiu vencer. E parece ter sido num duplo sentido que Salvador Malheiro usou tal alusão, tendo então lançado um apelo: "da mesma forma que também servimos o partido, se houver inteligência, de sair de cena quando se percebe que não somos os melhores candidatos da nossa comunidade".