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A estabilização das encostas de Santarém tem feito parte do debate político sempre que há eleições e, em 2011, voltou a ser referida pelos candidatos a deputados dos principais partidos. Mas só há pouco menos de dois meses se vislumbraram possíveis avanços na concretização dessas promessas e recomendações, com a assinatura de um protocolo entre a Câmara Municipal e vários ministérios.
Depois das últimas legislativas, os deputados eleitos por Santarém nas listas do PSD e CDU apresentaram projetos de resolução na Assembleia da República, recomendando ao Governo que assegurasse financiamento para a concretização do Projeto Global de Estabilização das Encostas, orçado em 20 milhões de euros.
O secretário de Estado dos Transportes visitou a cidade em 2013, acompanhado pelo presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Garantiu que as operações de monitorização das barreiras iriam ser retomadas e que seria dado início às obras de consolidação no ano seguinte, com recurso a fundos comunitários. Porém, em maio de 2014, tudo continuava na mesma, o que levou os deputados do PS a pedir esclarecimentos sobre o processo.
A luz ao fundo do túnel - em relação à qual os deputados dos principais partidos da Oposição manifestam algumas reservas - chegou em julho, com a assinatura de um acordo entre o Governo e a autarquia que prevê um investimento de cinco milhões de euros na primeira fase de intervenções. A verba a investir será financiada em 85% por fundos comunitários e contempla obras a realizar nas encostas de Santa Margarida e Ribeira de Santarém, duas das zonas consideradas prioritárias.
A segunda fase do projeto centrar-se-á na Estrada das Quebradas e nas Portas do Sol. Está orçada em 2,5 milhões de euros e será comparticipada na íntegra pela empresa Infraestruturas de Portugal.
Santarém