O secretário-geral adjunto do PS disse, este domingo, que "o discurso do líder do PSD é incapaz de reconhecer os muitos progressos" no país e defendeu que o maior partido da Oposição "vive agarrado à maledicência".
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"É uma Oposição que teima em não conseguir concordar e teima em não conseguir reconhecer. Nós, apesar dos muitos desafios que temos pela frente, temos hoje um país com uma taxa de desemprego historicamente baixa, um nível de emprego historicamente elevado e com capacidade de gerar mais e melhores postos de trabalho", afirmou João Torres, aos jornalistas, em reação ao discurso de Luís Montenegro, no encerrramento da Universidade de Verão do PSD.
"Contestamos a ideia de que uma Oposição agarrada à maledicência é uma melhor Oposição. Quem vive agarrado à maledicência perde o contacto com a realidade. O líder do PSD pecou por não ter nenhuma mensagem de estímulo, de reconhecimento do muito positivo que se tem passado no nosso país", reafirmou o secretário-geral adjunto do PS.
O presidente do PSD disse, no encerramento da Universidade do Verão, que se realizou em Castelo de Vide, que "é preciso acordar Portugal para a falta de competência de liderança" de António Costa. "Nós estamos a dar provas de que somos capazes de liderar um Governo com mais competência e mais resultados do que o PS", referiu Luís Montenegro, este domingo.
PSD quer "começar do zero"
O líder social-democrata afirmou que, "nos últimos dias", as intervenções dos restantes partidos consistiram em comentar o "que defende o PSD". Montenegro acusou o primeiro-ministro e o PS de "castigarem ainda mais a classe média" se "chumbarem" as propostas de redução do IRS dos sociais-democratas, que incluem uma descida das taxas em todos escalões, à exceção do último, ainda este ano.
Por seu lado, João Torres acusou o PSD de não ter "nenhuma proposta concreta na habitação" e de apresentar um "conjunto de propostas em matéria de fiscalidade em cima do joelho". "A solução do PSD para a habitação é começar do zero todo o trabalho que tem sido desenvolvido, desde logo com os municípios", através das estratégias locais de habitação, concretizou o dirigente socialista.
Sobre uma possível redução dos impostos, o secretário-geral adjunto do PS referiu que o partido "não aceita lições de moral sobre fiscalidade do PSD". "Nós, desde que assumimos funções governativas, temos vindo a baixar o IRS. Hoje, os portugueses pagam menos 2 mil milhões de euros de IRS do que pagariam sobre as regras em vigor no final de 2015", concluiu os jornalistas.