Segurança Social já pagou fármacos e renda a 323 famílias vítimas de incêndios
Desde o início dos incêndios de junho até ao início de março, a Segurança Social já pagou despesas urgentes, como rendas de casa e alimentos, água e luz ou medicamentos de primeira necessidade, a 323 famílias vitimadas pelas catástrofes de junho e de outubro do ano passado. Os apoios a estas 745 pessoas somam 182 mil euros. Um terço do valor - 62 500 euros - foi usado para pagar a renda de 199 famílias que ficaram desalojadas ou sem meios para pagarem, elas próprias, a habitação.
Corpo do artigo
As ajudas diretas às famílias são dadas ao abrigo dos subsídios eventuais, que já antes eram atribuídos pela Previdência para fazer face a despesas inesperadas e prementes de famílias com claras dificuldades económicas, pontuais ou permanentes. Mas, para as vítimas dos incêndios, as condições foram melhoradas: o subsídio pode ser dado durante um ano (três meses na versão tradicional da medida) e chegar a 858 euros por pessoa. O dinheiro pode ser dado de uma vez só ou faseado, ao longo dos meses.
Os dados enviados pelo Ministério da Segurança Social ao JN dizem respeito aos subsídios eventuais dados ao abrigo das portarias criadas a propósito dos incêndios, mas fonte oficial ressalvou que este tipo de ajuda é dado a qualquer família, de qualquer ponto do país, ao abrigo do tradicional formato do subsídio eventual.
Um segundo tipo de apoio diz respeito ao emprego. Até agora, foram pagos salários a 1900 trabalhadores de empresas destruídas ou atingidas pelos incêndios, custando 5,5 milhões de euros. A medida vigora por meio ano e, como começou a ser paga em dezembro, deverá terminar em breve. Em segundo lugar, 3600 desempregados dos concelhos atingidos tiveram prioridade em políticas ativas de emprego, como estágios.
Por último, a Segurança Social isentou ou aprovou um pagamento menor de contribuições a 536 empresas e trabalhadores independentes. Esta medida vigora por seis meses e, no caso dos incêndios de junho, foi já renovada.
A fonte do gabinete de Vieira da Silva ressalvou que estes valores dizem respeito aos pagamentos feitos até ao início de março.