Seguro acusa Gouveia e Melo de "imaturidade política" e de impreparação para o cargo de presidente

Foto: Tiago Petinga/Lusa
António José Seguro acusou, esta terça-feira, Gouveia e Melo, seu adversário na corrida à Presidência da República, de "imaturidade política" e de "não ter preparação" para o cargo face às referências de que terá sido uma alegada tentativa de Marcelo de o travar que o fez decidir entrar na corrida presidencial.
"Revela imaturidade política, porque, ora se candidata porque Trump ganha nos Estados Unidos, ora se candidata porque ficou zangado com uma pretensa declaração de um presidente da República. Anunciou também a sua candidatura em plena campanha das eleições legislativas", sublinhou Seguro. As declarações foram proferidas no final de uma visita ao Jornal Mensageiro, de Bragança, no âmbito das ações de pré-campanha.
O candidato, que já foi secretário-geral do Partido Socialista, acredita que Gouveia e Melo não tem "preparação" para ser chefe de Estado. "Falo de uma situação muito concreta e que ultrapassa, digamos, todos os limites, mas que é sobretudo imaturidade política", acrescentou, frisando que a Presidência da República "exige experiência, maturidade e uma compreensão verdadeira do que é o cargo".
Seguro defendeu ainda que decidiu candidatar-se para ajudar Portugal "a encontrar soluções". "Não me candidato porque li num jornal uma coisa que me desagradou. E não estou sempre a mudar a razão pela qual eu me candidato", observou.

Foto: Glória Lopes
O candidato mostrou-se preocupado com a notícia, avançada hoje pelo Público, de que os novos helicópteros de socorro que o Governo vai comprar só poderão aterrar no heliporto do Hospital de Braga. "Eu não conheço os detalhes técnicos e informações técnicas, nem isso compete a um candidato a presidente da República, mas fico preocupado sempre que há notícias destas porque o país não nada em dinheiro. E, portanto, nós temos de fazer investimentos e compras que tenham múltiplas funcionalidades e, sobretudo, que sirvam as populações numa área como a saúde onde as pessoas estão a perder acesso à saúde", explicou.
"Nós não podemos ter equipamentos do socorro que depois não funcionam, ou que não podem aterrar em determinados locais", acrescentou o candidato presidencial.
Também no setor da Saúde merecem-lhe críticas a "demora de semanas e meses para ter uma consulta, meses e anos para ter uma intervenção cirúrgica e o calvário das urgências ao fim de semana", enumerou, destacando que "convém que haja soluções acertadas".
Lamentando as várias situações dos últimos meses que envolvem grávidas, Seguro aponta o dedo ao "caos e ao retrocesso" na área da Saúde. "Durante anos, avançámos com um Serviço Nacional de Saúde fantástico e, neste momento, não está a dar resposta. É por isso que elegi a Saúde com a prioridade do meu mandato como presidente da República", adiantou.
