Medida entra em vigor em abril e visa concentrar procedimentos nas unidades com mais casos e experiência.
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A partir do próximo dia 1 de abril, sete unidades locais de saúde (ULS) vão deixar de realizar cirurgias ao cancro da mama. De acordo com o jornal "Público", com esta decisão a direção executiva do SNS pretende concentrar aqueles procedimentos ciríurgicos num número restrito de hospitais que contem com "um volume mínimo de atividade que confira experiência, qualidade e segurança às intervenções", conforme explicado na deliberação que altera a rede de referenciação. A unidade de medida passa ser a um mínimo de cem cirurgias por ano e dois "cirurgiões dedicados". Ficando, assim, de fora as ULS do Oeste, Cova da Beira, Guarda, Castelo Branco, Baixo Mondego, Barcelos/Esponde e Nordeste.
O coordenador do Grupo de Trabalho para a Elaboração da Rede de Referenciação Hospitalar de Cirurgia Geral, Hugo Pinto Marques, explicou ao mesmo jornal que existe "uma relação direta entre o volume de doentes tratados e os resultados", na medida em que "os doentes tratados nas instituições com mais casos têm melhores resultados".
Assim, a partir de abril a ULS do Oeste deve encaminhar os doentes para a ULS da Região de Leiria ou da Lezíria; as da Cova da Beira, Guarda e Castelo Branco para a ULS de Coimbra ou IPO de Coimbra; a do Baixo Mondego para a ULS da Região de Aveiro ou IPO de Coimbra; a de Barcelos/Esposende para a ULS de Braga; e, por fim, a do Nordeste para a ULS de Trás-os-Montes e Alto Douro. Segundo Hugo Pinto Marques, "as unidades foram consultadas e aceitaram este aumento de volume".