O setor social alerta que só conseguirá compensar o impacto da subida do Salário Mínimo Nacional (SMN) para os 820 euros em 2024 se as comparticipações do Estado aumentarem de forma “muito significativa” já em janeiro. E já pediu reuniões ao Governo para voltar a discutir a questão das comparticipações.
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Ao JN, o presidente da União de Misericórdias, Manuel de Lemos, esclarece que é a favor do aumento do salário mínimo, mas avisa que, se não houver contrapartidas, as instituições sofrerão um impacto “brutal”. Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), também pede o reforço do apoio.
“Tem de haver um aumento significativo das comparticipações para o setor social”, afirma Manuel de Lemos. Para compensar a subida – que o dirigente estima que tenha um impacto nos empregadores a rondar os 85 euros por trabalhador, incluindo os descontos para a Segurança Social e seguros –, o reforço das contribuições nunca poderá ser “inferior a 7% para a primeira tranche”, explica.