Duas dezenas de organizações sindicais filiadas na CGTP e na UGT admitem a convocação de uma greve geral para "derrotar" o anteprojeto de alteração ao Código do Trabalho, que consideram um "retrocesso laboral" e uma "grave ofensiva" contra os trabalhadores.
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Numa "declaração sindical" saída da "Conferência Sindical contra o Retrocesso Laboral", que se realizou no sábado em Lisboa, os sindicatos dizem confiar "que a CGTP-IN e a UGT, perante esta profunda e grave ofensiva do Governo contra o mundo laboral, esgotadas todas as possibilidades negociais [...] e nos momentos considerados convenientes, saberão encontrar as formas de luta convergentes que venham a considerar-se necessárias".
Para cima da mesa trazem, nomeadamente, a possibilidade de "convocatória simultânea de uma greve geral, para se alcançar o superior objetivo de derrotar" a reforma pretendida pelo executivo.
Segundo sustentam na informação hoje divulgada, a proposta do Governo - designada "Trabalho XXI" - "terá como consequência objetiva, imediata ou a prazo, o aumento das desigualdades", já que promoverá "a diminuição de direitos e a redução de rendimentos dos trabalhadores e o aumento do poder patronal nas empresas, de que resultará uma distribuição mais injusta da riqueza".