Até julho, paralisações dos profissionais de saúde provocaram mais de 97 mil dias sem trabalhar, o pior registo de sempre em sete meses. Números deverão agravar-se.
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É o espelho do descontentamento dos profissionais de saúde. Até julho, contabilizaram-se 97.268 dias de ausência ao trabalho por greve no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o pior registo em sete meses desde que há dados disponíveis (2014). As negociações com os médicos continuam sem fim à vista e o calendário de paralisações dos dois sindicatos ameaça fazer de 2023 o pior ano de sempre. A Federação Nacional de Médicos (FNAM) anunciou ontem mais dois dias de greve nacional em novembro.
Os números de agosto ainda não estão disponíveis, mas adivinha-se um novo recorde das ausências por greve, já que o mês contou duas paralisações nacionais de médicos, ambas de dois dias, a primeira convocada pela FNAM para a semana da Jornada Mundial da Juventude, a segunda convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) para os médicos internos e realizada na semana passada. Esta semana e na próxima, há greves regionais.