O sub-inspetor da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) Nélson Ferreira considera que está a haver uma transição nos riscos laborais, que são cada vez menos físicos e mais psicossociais.
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"A maior disponibilidade e a necessidade de conectividade permanente são novos riscos identificados no trabalho atualmente, havendo cada vez mais casos de depressões e burnout", aponta o sub-inspetor.
A passagem do trabalho para a era digital, com muitos casos de teletrabalho, tem levado, segundo Nélson Ferreira, a outros problemas, como a menor interação humana e a dificuldade em conciliar a vida pessoal e profissional.
Nélson Ferreira lembra ainda que a produção tecnológica é mais rápida do que a produção legislativa, levando a demoras na adaptação das leis aos novos modelos de trabalho.
"Estamos a responder a questões que já estão presentes na atualidade do trabalho há muito tempo. A ação tem sido mais reativa do que proativa", defende.
Nélson Ferreira falou na manhã desta quinta-feira no Congresso Internacional de Enfermagem no Trabalho, que se está a realizar até sexta-feira no Auditório António Arnaut, no Pólo B da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra