A ministra da Saúde, Marta Temido, que esteve esta segunda-feira reunida com diretores clínicos de vários hospitais da região de Lisboa, na sequência da crise registada, nos últimos dias, nas urgências do SNS, reconheceu que estes constrangimentos, "não sendo de hoje, estão numa fase mais nítida" e anunciou um plano de contingência até setembro. Resolver a falta de médicos nas urgências hospitalares do país é o grande objetivo.
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"Tudo faremos para evitar situações como aquelas que vivemos nos últimos dias. Gostava de dizer que o SNS conseguiu corresponder com muitos picos e muitas dificuldades a uma pandemia, naturalmente será capaz de se organizar para responder às necessidades de saúde materna e obstétrica", garantiu.
Questionada pelos jornalistas, a responsável da pasta da Saúde anunciou, a curto prazo, um plano de contingência para os meses de junho, julho, agosto e setembro, "com o funcionamento mais articulado e antecipado das urgências em rede do SNS, eventualmente com precaução de questões remuneratórias associadas".
Marta Temido afirmou ainda que as respostas estruturais do Governo passarão, desde logo, pela "contratação de todos os especialistas que aceitem ser contratados pelo Serviço Nacional de Saúde". "Há um concurso de contratação de recém-especialistas precisamente esta semana. Essa é a primeira iniciativa", frisou.
A falta de médicos em vários hospitais do país tem levado, nos últimos dias, ao encerramento de urgências de obstetrícia ou a pedidos aos centros de orientação de doentes urgentes (CODU) de reencaminhamento de utentes para outros hospitais.