Trabalhadores dos "call centers" e lojas da EDP pedem reuniões com partidos e Governo
A líder do grupo parlamentar do PCP, Paula Santos, juntou-se à concentração dos trabalhadores dos centros de contacto e de lojas da EDP esta quarta-feira, em frente ao Parlamento (Lisboa). “O PCP está solidário com a luta dos trabalhadores dos centros de contacto e das lojas das empresas do Grupo EDP”, declarou.
Corpo do artigo
A concentração dos trabalhadores subcontratados para centros de contacto do grupo EDP ocorreu na manhã desta quarta-feira em Lisboa, em frente à Assembleia da República, com o objetivo de conseguir reuniões com os grupos parlamentares e o Governo. “Porquê? Porquê? Não somos EDP?”, gritaram.
“Sem estes trabalhadores os serviços não funcionam, são trabalhadores necessários”, disse Paula Santos. A deputada do PCP garantiu que o partido vai continuar a intervir, “como até aqui”, com propostas e soluções concretas para “reforçar os direitos dos trabalhadores e também para o aumento geral dos salários”.
Paula Santos explicou que o partido vai aceder ao pedido de agendamento de reunião dos sindicatos, porque as reivindicações dos trabalhadores são uma questão “de grande justiça”. Para além disso, a deputada afirmou que o recurso a empresas de trabalho temporário tem fragilizado as relações laborais: “tem contribuído para o ataque aos direitos dos trabalhadores”.
“Estamos a falar, ainda por cima, de uma empresa que ainda há semanas soubemos que teve aumentos dos seus lucros. E isto à custa do trabalho de muitos trabalhadores”, rematou.
A semana de luta dos trabalhadores dos centros de contacto e lojas EDP, promovida pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Energia e Minas (Fiequimetal) e por outros sindicatos que a integram, começou a 13 de agosto e prolonga-se até sábado.
"Durante muitos anos nós reivindicávamos ser trabalhadores dos quadros da EDP, atualmente a única coisa que pretendemos é usufruir do Acordo de Empresa da EDP, termos os mesmos direitos que os trabalhadores dos quadros da empresa têm. [...] Andamos sempre numa instabilidade que, na realidade, não sabemos quando é o nosso último dia de trabalho", disse aos jornalistas Anabela Silva, trabalhadora dos "call centres" da EDP há 23 anos e dirigente sindical.