Em causa três serviços em hospitais gerais. Atrasos na contratação adiam entrada em funcionamento. Doentes estão a ser encaminhados para hospitais psiquiátricos.
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Há vários meses que três das quatro novas unidades de internamento psiquiátrico em hospitais gerais previstas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a reforma de saúde mental estão concluídas, mas de portas fechadas devido a atrasos na contratação de profissionais. Enquanto isso, os doentes das áreas geográficas em causa são encaminhados para os hospitais psiquiátricos, ao contrário do que prevê a nova lei da saúde mental.
No Hospital Pulido Valente, do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN), foi criada, no início deste ano, uma nova unidade partilhada de internamento de psiquiatria para adolescentes com 12 camas. Segundo fonte da administração do CHLN, encontra-se “em execução o processo de recrutamento de equipas de enfermagem especializadas”. Já a renovação dos dois pisos do internamento de adultos do serviço de psiquiatria e saúde mental do Hospital de Santa Maria - também inscrita no PRR - foi mais célere: a funcionar desde julho, o serviço acrescentou 43 camas para fazer face à grande afluência aos hospitais da capital.