Conselho de Reitores alerta que instituições são os principais motores da investigação nacional e que "não podem ser meros destinatários de medidas"
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Os reitores das universidades portuguesas querem ser "protagonistas e não espectadores" na anunciada reorganização da Ciência em Portugal. Reunido segunda-feira com o ministro Fernando Alexandre, num encontro cuja ordem de trabalhos tinha como ponto principal a reforma orgânica do Ministério da Educação e Ciência, o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) fez saber ao JN que se as instituições "não participarem" no "anunciado processo de auscultação" o "resultado não vai ser tão bom para o país".
O CRUP, disse Paulo Jorge Ferreira, há muito que "pede que se olhe para o sistema científico nacional, em particular para a Fundação para a Ciência e a Tecnologia [FCT] e a Agência Nacional de Inovação [ANI], aumentando a sua capacidade e eficiência". Tanto mais que, recorda, "a FCT era imprevisível quando lançava concursos e quando pagava". Organismos que serão agora extintos e integrados na nova Agência para a Investigação e Inovação.