Vacinação de professores e funcionários arranca sem todos terem sido convocados

A garantia é dada pelos presidentes das associações de diretores: nem todos os professores e funcionários (78700) do ensino Pré-Escolar e do 1.º Ciclo que deviam ser vacinados este sábado e domingo receberam a convocatória até esta sexta-feira ao final do dia. A task force garante que recebeu "uma larga maioria de respostas positivas" e, para já, não prevê o reagendamento do plano.

"O processo de convocatória dos docentes e não docentes iniciou-se a 24 de março, através de SMS pelo número 2424, e está a decorrer com uma elevada taxa de sucesso", esclarece a task force, sem revelar quantas SMS enviou nem a percentagem de recusas. Este sábado, o primeiro-ministro e o ministro da Educação acompanham a vacinação em Odivelas.

As próximas convocatórias começarão a ser enviadas após a Páscoa e a vacinação prosseguirá a 10 e 11 de abril "e fins de semana subsequentes, consoante o desenrolar do processo".

Está previsto serem vacinados cerca de 280 mil profissionais. Educadores e funcionários das creches estão agendados para 10 e 11 de abril. Há centros de vacinação que vão funcionar entre as 8 e as 20 horas. Os agendamentos foram marcados com um minuto de intervalo.

"Nem todos receberam o SMS", assumiu Filinto Lima, presidente da associação de diretores (ANDAEP), assegurando já ter enviado a lista dos funcionários que ainda não foram chamados. Manuel Pereira, presidente da associação de dirigentes escolares (ANDE) também admite que, tanto no seu agrupamento, como noutros, nem todos receberam o SMS e conhece pessoas que recusaram a vacina por estarem em quimioterapia.

Técnicos à espera

Maria Manuel, terapeuta da fala, é uma das que não irá ser vacinada este fim de semana. "Como outros técnicos especializados", assegura, criticando que a prioridade tenha sido dada aos primeiros a regressar à escola em vez de quem sempre esteve em ensino presencial.

Ana Simões, dirigente da Fenprof, confirma ter recebido queixas de técnicos e professores excluídos desta fase. "Só uma segunda informação enviada às escolas especificava que também deviam ser incluídos os profissionais da Escola a Tempo Inteiro, Intervenção Precoce e Ensino Especial", explica. No Parlamento, o ministro Tiago Brandão Rodrigues garantiu que "todos serão convocados".

Filinto Lima e Manuel Pereira explicam que técnicos e professores de Educação Especial afetos ao 1.º ciclo já terão sido incluídos, mas outros serão convocados ao mesmo tempo que os restantes docentes. Quem esteve infetado só será convocado "quando aumentar a disponibilidade de vacinas", assume a task force.