Imunização decorrerá nas escolas, unidades de saúde ou centros covid. "Task force" estima terminar processo durante mês de abril.
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Quase 79 mil (78700) professores, educadores e funcionários do Pré-Escolar e 1.º Ciclo de escolas públicas e privadas vão ser vacinados no próximo fim de semana. A "task force", que coordena o plano, estima imunizar cerca de 280 mil profissionais do ensino e terminar o processo "durante o mês de abril". Os diretores ainda aguardavam, ontem, as informações para convocarem o pessoal.
A vacinação irá decorrer em três possíveis locais: "nos centros de Saúde, nos concelhos com universos de vacinação inferior a 250 pessoas; nos agrupamentos escolares", onde o número de profissionais a vacinar variar entre 250 e 500; e nos centros de vacinação covid, quando o número for superior a 500, explica a "task force". Em resposta ao JN, o grupo que coordena o plano de vacinação garante que existem doses de vacinas "suficientes" para este novo grupo prioritário.
O processo de vacinação nas escolas decorrerá aos fins de semana para não interferir com as aulas. O primeiro grupo é imunizado já no sábado e no domingo.
A próxima data confirmada é a do fim de semana a seguir à Páscoa, de 10 e 11 de abril, durante o qual devem ser vacinados os restantes profissionais e, "se vier a ser necessário no fim de semana seguinte", de 17 e 18 de abril. O processo decorrerá "de forma independente ao regresso dos ciclos de ensino às aulas presenciais".
Ainda não está confirmado em que fins de semana decorrerá a vacinação dos educadores e funcionários das creches. "Antecipa-se que a vacinação do 2.º, 3.º ciclos e ensino Secundário poderá terminar durante o mês de abril, sempre dependente da confirmação das entregas planeadas, considerando que todas as vacinas recebidas são no mais curto prazo distribuídas e administradas", explica.
Previstas recusas
As escolas ainda aguardam informação sobre o processo de vacinação, pelo que ainda não convocaram professores e funcionários, garantiram, ao JN, os presidentes das associações de diretores (ANDAEP) e de dirigentes (ANDE).
A convocatória até pode ser feita com "24 horas de antecedência", admite Manuel Pereira (ANDE), mas o ideal era "saber-se o quanto antes" por causa dos docentes deslocados, frisa Filinto Lima. O presidente da ANDAEP assume que são muitos os que lhe perguntam pelo processo e que alguns já terão manifestado "receio" se a vacina for a da AstraZeneca, que esteve suspensa uma semana devido a suspeitas de provocar coágulos como reação adversa.
"Percebe-se que há uma certa desconfiança. Há quem diga que terá de pensar", revela Filinto Lima.