Velas colocadas na Fronteira de Vilar Formoso assinalaram, esta madrugada, a entrada dos corpos das vítimas do acidente com uma carrinha em França, no qual morreram 12 portugueses.
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Respeitando a vontade da família, os corpos foram transportados em sete carros funerários.
Na segunda-feira, a companhia de seguros Liberty Seguros anunciou que assegura a trasladação para Portugal dos corpos dos 12 cidadãos portugueses, invocando que a decisão se deveu a "razões de natureza puramente humanitária e de respeito profundo pela dor dos familiares e amigos das vítimas".
Os funerais dos 12 emigrantes portugueses que morreram na semana passada num acidente rodoviário perto de Lyon, em França, decorrem, esta quarta-feira, nos sete municípios portugueses.
Cinfães (de onde eram quatro vítimas, incluindo uma criança), Sernancelhe (que conta com um casal entre as vítimas), Oliveira de Azeméis (onde duas vítimas tinham morada), Pombal, Castelo de Paiva, Arouca e Trancoso são os concelhos onde vão decorrer as cerimónias, confirmadas por autarcas.
As vítimas, com idades entre os 7 e os 63 anos , morreram na sequência do choque frontal entre a carrinha em que seguiam e um veículo pesado, na quinta-feira passada, na estrada nacional 79, perto de Lyon, na localidade de Moulins (centro). O grupo tinha partido da Suíça e tinha como destino Portugal.
A carrinha desviou-se para a faixa contrária e colidiu de frente com o camião. O único sobrevivente dos 13 ocupantes da carrinha é o condutor, um jovem de 19 anos, também português, que foi hospitalizado em estado de choque e entretanto detido, na terça-feira.
Também o proprietário da carrinha, tio do condutor, foi detido, segundo o jornal local Lamontagne.
Na sexta-feira, o procurador público de Moulins afirmou que as autoridades iam averiguar se a carrinha envolvida no acidente tinha condições para transportar 13 pessoas.
O presidente da Câmara de Montbeugny, a localidade onde se deu o acidente, explicou que os dois portugueses "vão ser ouvidos e as suas versões confrontadas".
Guy Charmetant salientou que "certo é que o jovem cometeu uma infração em solo francês" porque "em França para poder conduzir um veículo com mais de nove pessoas tem de ter obrigatoriamente 21 anos".