O líder do Chega responsabilizou, esta terça-feira, a "teimosia" de António Costa pela situação na Saúde. Para André Ventura, a demissão de Marta Temido é "o símbolo do fracasso desta maioria absoluta". Por isso, desafia o primeiro-ministro a assumir todas as suas responsabilidades e a ficar com a pasta da Saúde.
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"Esta demissão é o símbolo do fracasso e do desastre desta maioria absoluta", considerou, esta terça-feira, o líder do Chega, considerando que só ainda não tinha acontecido devido à "teimosia" do primeiro-ministro em manter Marta Temido, como o fez em relação a Fernando Medina e a Pedro Nuno Santos.
"É o grande responsável por isto", atacou André Ventura, que acusou o primeiro-ministro de "fraude política", por tentar impor aos portugueses medidas pela calada do mês de agosto (como a nomeação de Sérgio Figueiredo nas Finanças) e desafiou António Costa a assumir ele próprio a pasta da Saúde.
André Ventura apontou ainda o dedo à oposição de direita, por não ter votado favoravelmente a moção de censura, apresentada pelo Chega, com o intuito de provocar a demissão de Marta Temido. "A oposição à Direita deixou-nos sozinhos", atacou, garantindo: "Esta era uma situação perfeitamente evitável".
Para André Ventura, a demissão de Marta Temido é a prova de que o Chega tinha razão. "Foi preciso morrer mais uma pessoa para que se percebesse que o caminho não estava correto. É muito triste e desapontante chegarmos aqui", atirou ainda o líder do Chega, exigindo uma reforma de fundo na Saúde que não seja afetada por "cegueira ideológica".