<p>Estão a ser tomadas todas as diligências necessárias para garantir que a visita de Bento XVI a Portugal corra pelo melhor. A garantia é do ministro da Administração Interna que ontem, terça-feira, no santuário de Fátima, afiançou que não estão a ser "poupados esforços".</p>
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Rui Pereira, que quis conhecer de perto o sistema de vídeovigilância do santuário, cuja responsabilidade de gestão pertence à GNR, garante que este sistema "é uma mais-valia para tudo, incluindo a segurança no âmbito da visita de Sua Santidade", na medida em que abrange toda a área do recinto.
O ministro falou do envolvimento de todas as forças e serviços de segurança, tais como a GNR, PSP, SEF, PJ e Autoridade Nacional de Protecção Civil, para que "tudo corra pelo melhor".
O esforço, assegurou o ministro, "está a ser desenvolvido como a lei prevê", cabendo ao secretário-geral da Administração Interna, Mário Mendes, o controlo e a articulação entre todas as forças e serviços de segurança.
"Nós não pouparemos esforços para que tudo corra pelo melhor", garantiu o ministro após a visita aos locais onde estão instaladas as câmaras de vídeovigilância do santuário.
Este sistema, com oito câmaras, pode a partir de agora funcionar durante 24 horas. Uma "mais-valia" obtida com a renovação da licença, que terminaria a 11 de Maio e que foi prorrogada até 31 de Dezembro deste ano.
Segundo Rui Pereira, a alteração de horário "é importante" porque "há noites de vigília com muita frequência no santuário". E "durante essas noites também é conveniente que as câmaras estejam a funcionar", frisou o MAI, lembrando que, mesmo que haja locais sem ninguém, elas "funcionam como elemento dissuasor de actos de vandalismo".
Para o responsável, o facto da vídeovigilância funcionar durante 24 horas "é um princípio muito positivo". Rui Pereira mostrou-se satisfeito com a "sensibilidade" demonstrada pela Comissão Nacional de Protecção de Dados, que decidiu alargar o prazo para a captação de imagens.
O MAI sustentou que este sistema - que em nome da liberdade religiosa não abrange os locais de culto (Capelinha, Basílica e nova Igreja) - "cumpre plenamente a sua finalidade" que é "a prevenção da criminalidade". "De acordo com os dados fornecidos pela GNR que gere o sistema, e pelas autoridades eclesiásticas, houve uma redução de 15% da criminalidade participada deste que o sistema foi instalado", frisou.
Por outro lado, "cumpre também as suas funções na área da protecção civil e da emergência médica", na medida em que "permite detectar alguma necessidade de socorro para algum peregrino que se encontre no santuário".
Para Rui Pereira, a importância da vídeovigilância está também no facto de "elevar o sentimento de segurança em relação à criminalidade, furtos e crimes contra o património". É que "as pessoas sentem-se, sem dúvida, mais seguras, mais livres de participar no culto com este sistema".
As oito câmaras representam um investimento de 80 mil euros e estão instaladas em vários locais do santuário.
