O ministro do Trabalho desafiou o PSD, esta quarta-feira, a revelar o que pensa sobre o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) para os 557 euros, acusando a bancada laranja de "falta de coragem" e de estar a dar um "colossal tiro no pé".
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Vieira da Silva assegurou que o "acordo de 22 de dezembro" obtido na Concertação Social "é bom" e que o "aumento do SMN foi negociado sem chantagens", sendo a redução da Taxa Social Única (TSU) um "apoio transitório" às entidades empregadoras.
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"Esperemos que, pelo menos até ao fim do debate de hoje, fique claro o que de cada uma e cada um dos deputados pensa, não apenas sobre esta medida [TSU], mas sobre a decisão da qual ela deriva: a subida do Salário Mínimo Nacional para 557 euros", disse, acusando o PSD de "não ter tido coragem para dizer o que pensa - que este aumento não se deveria verificar - e essa é uma clarificação que se impõe". "Digam se são a favor ou contra a subida do SMN para os 557 euros", desafiou.
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Vieira da Silva assegurou que em 2016, quando se manteve a redução de 0,75 pontos percentuais da TSU das empresas, a medida abrangeu "92% das pequenas médias empresas" e 2927 misericórdias e instituições particulares de solidariedade social.
Após realçar que são conhecidas as divergências sobre as mexidas na TSU entre o PS e os três partidos à Esquerda que suportam o Executivo, o governante conclui a sua intervenção dirigindo-se ao PSD, tento em conta a posição que adotará na votação do pedido de cessação do decreto-lei: "Este não é o murro na mesa, mas um colossal tiro no pé".
