
Lares vão passar a ser visitados por equipas conjuntas formadas por profissionais de saúde e da segurança social
NUNO VEIGA/LUSA
A ministra da Saúde, Marta Temido, disse esta sexta-feira que o Governo está "com muita atenção" aos casos de covid-19 nos lares, mas rejeitou voltar a suspender visitas.
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Questionada sobre o aumento de casos da doença em vários lares, em conferência de imprensa para dar conta do progresso na luta contra a pandemia, Marta Temido lembrou que mais de um terço dos óbitos ocorridos no país aconteceram em pessoas de lares.
Os lares já obedecem a uma série de requisitos, desde os planos de contingência à separação de doentes, mas passarão também a ser visitados por equipas conjuntas formadas por profissionais de saúde e da segurança social, e também da Proteção Civil, "de forma a que haja um controlo permanente daquilo que são as boas práticas", disse Marta Temido.
"Não bastam testes, vamos manter controlo muito apertado", disse a governante, adiantando que está a ser equacionado o retomar de alguns programas de rastreio, de forma mais aleatória e dirigida aos profissionais que trabalham nesses lares.
Ainda assim, concluiu Marta Temido, não se vai generalizar a suspensão das visitas a lares, mas apenas naqueles onde são detetados casos.
Questionada pelos jornalistas sobre a situação no Hospital de Cascais a ministra disse que a situação "mostra tranquilidade", e insistiu que na luta contra a doença o mais importante "é continuar a trabalhar para interromper cadeias de transmissão".
Sem esquecer, disse, que a maioria dos novos casos das últimas semanas, sobretudo na região de Lisboa, são de pessoas que nunca estiveram confinadas. "Não podemos atribuir todos os novos casos ao desconfinamento", frisou.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse também que os profissionais de saúde e os idosos institucionalizados vão ser prioridade na vacina contra a gripe e que começarão a ser vacinados assim que estejam disponíveis.
