Voleibol Liberal em Matosinhos: comício do PS foi "reunião de demissionários", diz Rui Rocha
O presidente da Iniciativa Liberal (IL) disse este domingo que aquilo que aconteceu no sábado no comício do PS, no Porto, foi uma "reunião de demissionários", com António Costa e Pedro Nuno Santos a serem os rostos do passado.
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No último domingo de campanha eleitoral para as eleições de dia 10, Rui Rocha começou a jogar voleibol e futebol na praia de Matosinhos, no distrito do Porto, para mostrar ao país que "é fundamental marcar um golo ao socialismo e à gestão socialista do país".
Apontando críticas ao PS, e instado a comentar a presença do primeiro-ministro, António Costa, no comício daquele partido que decorreu no sábado, no Porto, o dirigente liberal considerou que "de lá não saiu nada de novo", porque os principais intervenientes, referindo-se a Pedro Nuno Santos e António Costa, são "rostos do passado".
"Juntaram-se ali o demissionário ainda em funções [António Costa] com o demissionário do Governo [Pedro Nuno Santos] que pretende agora apresentar uma proposta para o país. Nada de novo que vem de ali", afirmou.
Segundo Rui Rocha, a presença de António Costa não trouxe grande surpresa, porque fez "o número do costume" ao apresentar um conjunto de dados que são sempre contrariados pela realidade dos portugueses.
Para o presidente da IL, o primeiro-ministro pode esforçar-se, mas os portugueses já perceberam que a solução do PS é "dar mais do mesmo".
E acrescentou: "A intervenção de António Costa não muda a realidade, a realidade de um país com serviços públicos degradados, com baixo crescimento, com baixos salários, com emigração dos jovens".
Por isso, Rui Rocha insistiu na mensagem de que é preciso mudar o país tendo, nesta mudança, a Iniciativa Liberal "um papel importante".
"Apelo razoável" de Marcelo
O líder da IL considerou ainda que o apelo do Presidente da República para que o Ministério Público seja mais rápido e eficaz foi razoável, e disse entender que o debate sobre a justiça deve ser feito depois das eleições. "Portanto, quanto ao apelo em si, parece um apelo razoável e é bom que a justiça funcione com esses critérios", disse Rui Rocha.
O Expresso revelou, no sábado, que o Presidente da República enviou uma mensagem ao Congresso do Ministério Público (MP) a pedir rapidez e resultados aos procuradores, alertando para os "desafios" de politização da justiça e de judicialização da política.
Na mensagem aos magistrados, enviada um dia depois de a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, dizer que se preferia jubilar a fazer novo mandato, Marcelo Rebelo de Sousa pediu que não desperdicem a oportunidade para "refletir acerca de tantos novos desafios".
O dirigente liberal salientou que estando o país a uma semana das eleições, a discussão da justiça deve ficar para depois, porque "não é com a pressão das eleições que se vai chegar a boas conclusões".
"Parece-me avisada a intervenção do senhor Presidente da República", concluiu.