Os jantares de família podem voltar a ser uma realidade nas casas dos portugueses, porém o subdiretor-geral da Saúde alerta que tem de haver cuidados.
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Já em estado de calamidade pública e ainda com o receio de que a curva de infetados por covid-19 volte a aumentar em Portugal, Diogo Cruz avisou esta terça-feira, na conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde, que os jantares de família podem acontecer, mas não nos mesmos moldes de antes da pandemia.
"Podemos fazer um jantar de família, mas com as devidas cautelas e distanciamento social. Não podemos fazê-lo nos moldes em que o fazíamos anteriormente", disse aos jornalistas. O número de dez pessoas à volta da mesa não deve ser ultrapassado e o distanciamento social/físico, assim como outras medidas preventivas como a lavagem das mãos, têm de ser tidas em conta.
"Devemos tentar manter as regras que tivemos até agora, ainda que com mais liberdade e permissões. Mas como presumo que nenhum de nós queira uma segunda onda [de covid-19], devemos manter as recomendações", acrescentou Diogo Cruz.
Tal como qualquer ajuntamento de pessoas, os jantares durante a pandemia tornaram-se um foco de contágio. Por exemplo, em Metz, cidade de França, quatro portugueses ficaram infetados num jantar de família, após um dos elementos ter contraído o novo coronavírus e não apresentar sintomas.
Portugal registou esta terça-feira mais onze vítimas mortais da covid-19, o que eleva o total de mortes para as 1074. Há ainda 25702 casos confirmados do novo coronavírus.